terça-feira, julho 12, 2011

Esperança

A história é essa:
O começo foi por conta de uma noite mal dormida em que eu pensava naquele cara, aquele cara longe, o cara dos grisalhos..
Bem, talvez escrever me mantesse melhor com aquela mansa dor e agonia que explodia...
Escrever pareceu ser escrever para alguém que nunca iria ler, como cartas nao postadas....

Depois virou uma simples forma de criar, viajar, contar, desabafar...

Foi uma maneira de me amar e amar de novo tudo que havia acontecido....

E agora? as rimas estao atreladas a um vazio de sentido, um penar quase inócuo...

Será o fim de reis e rainhas? de amores e desabores?
Será que deixou mudo meu violao? minha poesia calada para quem mais queria que ouvisse?
Será?

Será que a emoçao se esvaiu e só sobrou cinza em cima da mesa, roupa no cesto e janela sem cor?


To esperando um trecho da música que me emocionou....

"Nossa história nao estará pelo avesso assim ...teremos coisas bonitas pra contar..
o mundo começa agora....apenas começamos...."

E a música disse tudo que minha poesia nao quiz expressar...mas meu coraçao lá no fundo suplica, ainda guarda um trevo de 4 folhas!

Sem coragem

To sem coragem de escrever...talvez porque nao tenha nada tao bom pra falar...ou porque nao quero falar...
sei lá...
tem coisas que agente nao escreve no coraçao pra tentar se afastar da idéia...mas a cicatriz tá lá....

é....vida passa, tempo passa, mas as feridas somente cicatrizam e nao desaparecem!

Essa é a verdade...

segunda-feira, julho 04, 2011

Ventania

(Relembrando um post antigo)


Vou falar como um menino
Vou escrever suas lembranças nas minhas
Que uma música de rei me fez entender
Me fez ver, o que foi aquela madrugada
Cheia de ventos uivando a noite toda

Percebo agora,
que sem se importar se dominava ou era dominado
descansou no meu cansaço
Ora como gigante, mas de vez enquanto feito menino

Vindo atender aos seus apelos
Se perdeu nos meus braços
Que nem eu fiz com você
Me perdendo no seu peito

E sem maiores explicações o sol vai nascer
Entrar pela cortina fechada
E sem saber, sem querer
E alienada da cria inoportuna deste leve momento
Algo iria inundar minha face

Quando eu abrisse a porta
Deixasse cair minha bolsa no chão
Estendendo os braços na mesa
E olhando para um visual despenteado
Abaixando assim os olhos
Veria água escorrer
Feito pingos de orvalho

Aquela coisa estranha acontece
Algo que não teve a precaução de poder evitar
Já se consumou
A força já entra sem pedir licença
E o dia vai correr como nada
Como se fosse uma despedida na escada

Sem se importa naquele instante
Eu e você
Fomos bobos e inocentes
Talvez só eu
Mas diante da estranha sensação
Tudo agora é só lembrança
Não terá mais uma vez

E assim, talvez eu cante
De vez enquanto que vou lembrar de ti

E vou caminhar como menina
Se esquivando de qualquer dia que possa
Tenha capacidade de ser
Algo parecido com aquilo
Tão distante e tão incerto
Com esse poder imenso
De me ver refém de uma sensação
Parecida com este meio de dia.

domingo, julho 03, 2011

Debaixo dos Cachos

Debaixo dos cachos se esconde a vida em vão
Os amores, as deixas e as maneiras

Debaixo dos cachos
A vida certa e incerta
O sorriso para o sol
O brilho do cabelo

O mar se encontrado nos seios
A brisa da praia
E a areia grossa se aconchegando nas suas costas, pernas e pés...

Debaixo dos cachos
O ar baguçando suas madeixas
O luar iluminando sua loucura
As estrelas vigiando seu caminho

É a garagem guardando um beijo escorado no Jeep
É o grito de felicidade pelo encontro de lábios

São as estradas cheias de terra magenta
O céu escondendo a chuva para o sol brilhar

Debaixo dos Cachos
Dos cachos que viajam na luz do luar
Que balançam quando ela passar por lá

Debaixo das cachos ela se entrega
Ela é simples: ela!
Serena e plena.....