sábado, dezembro 12, 2015

Descoberta

Descobri, meio que na imensidão das incertezas, que gosto da estranheza. Gosto das mulheres de cabeças raspadas, e dos moicanos e coisas afins. Dos meninos de saia, dos cabelos afros, dredds e afins.
Descobri que não quero mais ter preconceito, que isso é tarefa difícil, intensa e ás vezes, sadomasoquista.
Que não sei bem onde vou, mas onde for, que exista felicidade.
E de tudo na vida, a liberdade é algo raro e caro, e dela não quero dispor, nenhum só pingo ou pedaço.
Pago o preço que for, me remendo, e faço um acordo com a paciência, eu assumo as rédeas, acredito na vida, no amor e na força da mudança, que uma criança nos proporciona.

sábado, dezembro 05, 2015

Alicia - parte livro

Pousava meus olhos cansados e tímidos nas suas mãos deslizando os dedos, acordes e tal.
O povo rodava e rodeava, estávamos num bar.
Sentada a sua frente, vendo sua alma alarmando seu amor no som.
Foi quando eu entendi, me atentei e ouvi você dizer, entre acordes e olhos que me fitavam, me davam os sinais de que algo queria dizer.
Eu ouvi, de todas músicas que tocava, e penetrei, dentro e findo. Você estava a me libertar, estava doendo, mas não havia mais perdões a se perdoar.... Vinha acontecendo dentro de mim, e eu já tinha me perdido de você amor. E, ela já era senhora.
E com você querido Zé, continuei cantando, uníssono nessa dor:

"Eu quero paz
Quero dançar com outro par
Pra variar, amor
Não dá mais pra fingir que ainda não vi
As cicatrizes que ela fez
Se desta vez
Ela é senhora deste amor
Pois vá embora, por favor
Que não demora pra essa dor
Sangrar"
Livro - Alicia (por Ju Corrêa).