Processos viraram uma repetição do mais do mesmo intermináveis
Uma turbulenta ação, extremamente desintelectual
Acaba com meus pensamentos
Acaba com meus olhos vivos
Enorme é a gritaria interna
Tem horas que o estrondo do grito é tão alto
Que é preciso fechar os olhos pra acalmar a dor dos ouvidos internos
Quero dormir
E acordar em outra vida
Em que não haja processos.......
Vejo semelhanças ontem e amanhã
Sua pele na minha
Encontrei casa
Tínhamos um chalé e árvores
Casamos ali
Ibitipoca
Primeiras noites de amor
Te vejo amanhã
E te beijo
Dizer-te verdade
Quero te ter
Quero investir
Meus braços por teus abraços
Tua pele por minha boca
Seus cabelos nos meus dedos
Quero balançar em meio a seu dorso
Sentir teu cheiro no ar livre da nuca
Palpar tuas mãos
Desvendar o teu gosto
Sentar no chão e olhar com infinito você falar
E o medo é, de não escrever.
Mas, quando escrever, que não leiam.
E que quando lerem, não entendam.
E se entenderem, que não seja por mim. Que não seja de mim.
Mas, que me digam: Olá, estive por aqui, vendo você nua nessas frases mal construídas, nessas orações suas mal constituídas.
É o medo.
Quando a mulher estiver brilhante, e este brilho dela ofuscar os olhos de outrem, e esse outrem inclinar-se para entender tamanha luz, e por explicação ela também lhe disser motivos, ela também se inclinar.
E, se ela falar e for respondida, e se quando falarem com ela, ela responder.
Atire a mulher na fogueira, e assine sua sentença, com todas as premissas dos homens presentes: ébria, jocosa, tentadora dos olhos alheios, Capitu!!!
És a fêmea a pecadora!
Mas, antes de varrer sua dignidade lamba o seu mel, aproveite a luxúria entre suas pernas.
Depois, jogue fora.
Valor nenhum tem essa mulher.
Assim, deve proceder o marido.
Acho tão forte as mulheres que têm mais de um filho
Como terá sido carregar no ventre dois humanos?
Acho tão incrível que elas tenham ofertado amor entre eles
Povoa minha mente
Essa força
Filhos
Filhas
