sexta-feira, abril 02, 2021

Memórias do Nada

É tão estranho, ver a felicidade e não sentir nada.
Ver a beleza e não se deslumbrar.
Ouvir um riso e não rir junto. 

É possível perder todo tipo de afeição e sonho, deixar aos poucos esvair. 
Dormir é o único alento, quando se pode, pois os pensamentos múltiplos vagueiam rápido de mais para deixar as pálpebras caírem. 

Estou bem confortável, deitada no fundo do poço. 

A vida de repente é um nada enorme e profundo.