Vou falar como um menino
Vou escrever suas lembranças nas minhas
Que uma música de rei me fez entender
Me fez ver, o que foi aquela madrugada
Cheia de ventos uivando a noite toda
Percebo agora,
que sem se importar se dominava ou era dominado
descansou no meu cansaço
Ora como gigante, mas de vez enquanto feito menino
Vindo atender aos seus apelos
Se perdeu nos meus braços
Que nem eu fiz com você
Me perdendo no seu peito
E sem maiores explicações o sol vai nascer
Entrar pela cortina fechada
E sem saber, sem querer
E alienada da cria inoportuna deste leve momento
Algo iria inundar minha face
Quando eu abrisse a porta
Deixasse cair minha bolsa no chão
Estendendo os braços na mesa
E olhando para um visual despenteado
Abaixando assim os olhos
Veria água escorrer
Feito pingos de orvalho
Aquela coisa estranha acontece
Algo que não teve a precaução de poder evitar
Já se consumou
A força já entra sem pedir licença
E o dia vai correr como nada
Como se fosse uma despedida na escada
Sem se importa naquele instante
Eu e você
Fomos bobos e inocentes
Talvez só eu
Mas diante da estranha sensação
Tudo agora é só lembrança
Não terá mais uma vez
E assim, talvez eu cante
De vez enquanto que vou lembrar de ti
E vou caminhar como menina
Se esquivando de qualquer dia que possa
Tenha capacidade de ser
Algo parecido com aquilo
Tão distante e tão incerto
Com esse poder imenso
De me ver refém de uma sensação
Parecida com este meio de dia.
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