Se a vida me concedesse a oportunidade de viver novamente, eu viveria para nascer no ventre de minha mãe, para sentir seu cheiro e suas mãos leves me acariciando, sua voz mansa e forte me confortando na noite, para ver sua magia de transformar choro em riso, nada em tudo.
Eu deixaria a solidão sagrada, para ser irmã do meu querido irmão Amurí, para curtir as suas músicas nas tardes quentes, para aprender coisas que só ele sabe me ensinar, para me sentir forte e capaz de proteger alguém.
Acordaria da eternidade, para ouvir a sabedoria de meus avós, para comer a comida da Vó Thereza, ouvir suas conversas e abraçar seu corpo aconchegante, para cantar as músicas de Benito di Paula junto com Vô Roberto, e caminhar pela Orla de Piúma ouvindo suas histórias tão lindas.
Deixaria a paz eterna, pela paz de estar com minha Tia Avó Néia, para me engrandecer com seus conselhos, sua esperança por nós, suas palavras de carinho e sentir seu abraço acolhedor.
Perderia minha condição plena, para morrer de amor por Salomão, para sair a qualquer hora desafiando céus, resgatando meu amor, viveria para comer sua carne moída com batata cozida, para descansar nos seus braços fortes, enquanto o despertador não toca, e beijar sua boca na manhã de cada dia.
Escolheria a fome e as emoções para estar entre a família Blasio Silva, para ser querida, para dar carinho na Mel e no Odin, e conversar infinitamente com a Denise e com o Alfredo.
Eu viveria novamente, da mesma forma, pois vocês me dão o que é de mais importante na vida: amor! Se sobrevivi, se cheguei aqui, foram suas graças!
Ob r i g a d a.
Nenhum comentário:
Postar um comentário