Acabou...e acabou chorare para mim?
Não...
E quando ouvi o calor daquele perfume
Foi tão arrebatador e potente
Eu senti sua pele no meu nariz
Foi tão intenso
Tenso
E não queria desperdiçar
Mas, já tirando de mim o que pudesse levar
Resolvi, pois leu meu poema para outro e disse:
Sorte do homem que tem um poema escrito para ele...
Quem dera...
Virou algo tão proibido que chega doer
Se a pele ainda lembra o gosto
Se o beijo ainda lembra o som
E os cabelos, meus cabelos...
Quando foi que amar tornou-se em vão?
Mas, de repente foi tudo sem querer
Então, ta ai..
Nosso poema está aqui
E de repente o que sobra de você em mim
É o ar pesado de um perfume no ar
Do penar e do desperdiçar
A verdade é que eu ainda te julgo
No meu julgamento particular
No meu infinito perpendicular
Não há chances de entrar
Afinal, nem eu tenho as chaves
Ainda não sei onde esse mundo vai desaguar
Mas, o cheiro vem me atormentar
O perfume tão louco e odioso
Seca a minha alma num fervor pavoroso
E tudo que tenho para agarrar
É sadio e preciso..
E no final, eu fui sem dar lágrimas
Talvez, porque o castelo já estivesse ruído...
Pelos nossos gemidos...
Soluçantes e eternos amigos..
Meu Dindi...
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