Hoje foi delicioso amanhecer. João dormiu bem, apesar da gripe, não havia muito frio no ar da madrugada, o colchão abriu os braços e o cobertor me cobriu com muito calor. Havia também um cheiro e beijo gostoso do marido e um toque fininho e delicado da pele do filho.
Estava delicioso amanhecer!
Como costume de todo dia, eu e Bruno levantamos, e o João no seu sono profundo e prolixo nos sonhos, continuou a dormir, ressonando um som de anjo.
Com cuidado de quem pega algo muito precioso, passei meus braços por suas costinhas tão pequenas e suas perninhas gordinhas, suspendi aquele infinito de amor e o coloquei em sua caminha.
Era preciso, pois João se mexe muito, e pode cair da cama, como de fato já o fez!
Depois de guardar com carinho a pessoa mais amada da casa, fomos a cozinha, deslanchando pela casa uma moda desigual de pijamas desencontrados e roupões coloridos, era eu e meu marido.
Ataquei a geladeira, pois tinha cappucino, esquentei o leite, enquanto o Bruno matava a manhã com a gelada, e mortal, coca-cola. Eu fui de manteiga e queijo minas, nesses dias de frio não há coisa melhor, enquanto meu amado despejava um queijo no pão, descuidadamente, enquanto fazíamos planos para a ampliação da casa.
O papo tava tão forte, que a até o morro, de roupão, meia e havaiana, subimos para sonhar as novas inovações que pretendíamos para nossa casinha.
Quando o cappucino acabou, os pães e a, odiada por mim, coca-cola, me veio uma pontada de desânimo, a amanhã havia começado a acabar.
Acontece que as vezes, me despedir desse alvorecer é muito desanimador.
E fica para o resto do dia um querer, além, do prazer de amanhecer!
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