quinta-feira, julho 18, 2019

Os verões

Dá saudade
Dá até aperto no peito
Aperto cheio de nostalgia
De início, de começo

Do jogo de bola
Da areia batida nos pés
Das risadas
Das gargalhadas
Das conversas
Do jogo de carta
Quando a chuva vinha visitar

De abrir o portão da casa do amigo
De gritar o nome do amigo no portão

A gente ocupava toda essa rua
Como se ocupasse o Brasil do Oiapoque ao Chuí

Os muros não eram tão altos
Nem haviam tantas grades

Na frente da casa do meu vô
Não tinha nem calçamento
E, era bom como se não houvesse amanhã

O prédio que antes não tinha indivíduo algum
Agora tem todo tipo de índio

O terreno que era nosso corta caminho
Agora tem duas casas e mais nada no meio

A casa grande do pé de acerola
Em que a nossa bola sempre repousava
Agora é duas
E  não há mais acerolas pra roubar

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