domingo, janeiro 29, 2012

Perdendo no silêncio do tempo
Nos nãos ditos dentro de si mesmo

Perdendo a circulação de mãos
Que nunca precisaram estar juntas

Perdendo um enlace dos dias
Beijos nas costas

Distâncias criadas são mais findas que as verdadeiras

Não reconhecendo olhares e intentos
O mundo começa a parecer tão vulgar
Tão espinhoso e dispo das intenções

As flores estão fechadas para o inverno em pleno verão
E o sol se retirou para dizer adeus ao calor

Se a lua não aparecer as músicas nunca serão as mesmas
As palavras vão esvaziar os sentidos sem qualquer amor ou dor

De quem falaremos?
Não sei
Nem de quando ou que dia, mês ou ano...

É pena, é desestimulante não entregar o corpo ao incerto
É a perda, recentemente se perdendo no meio das mãos...

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