domingo, fevereiro 23, 2020

Era preciso um fone, uma música.
Era preciso que mesmo de olhos aberto olhasse tão para dentro de mim, capaz de ver a porta entre aberta de meus olhos, e luz do sol que irradiava por entre a fresta. 

Você tinha tudo que um paradoxo abstrato poderia ter.

Revisitava minha vida com a mesma intensidade em todas as interpelações.

E, algo mantinha-se inalterado: o calor do seu braço, fechado, que eu sentia no meu corpo.

Já passaram anos, já passamos tantos minutos e horas.
Meu passado, meu abstrato encostado numa parede.

Minhas viagens, as músicas que ouvi para escrever pra você.

Você é abstrato da minha alma.

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