quinta-feira, fevereiro 20, 2020

vermelha

Pessoa que goteja álcool nas minhas feridas abertas, sangra poesia, borbulha dor ressentida.

Eu me vejo: 

Eu me vejo abrindo a ferida com as mãos, a carne latejando vermelha, vermelha. É sangue, carne e dor. 
Eu puxo, e viro ao contrário a pele, tem que virar, tem que ser a flor da carne.

Tem que ser a flor do vermelho. 
E, talvez seja o lado certo, e talvez sangrar e doer seja o sentido certo da pele. 

E talvez eu queira te expulsar, te expulsar. 

Pra ser vermelha, vermelha.

Pra ser inteira.
 

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