Sou essa coisa, essa pintura errante, um despenteado sem penteado. Sou tarde em praia, na música de Itapoã, sou menina, caríssima, uma Bossa Nova cheia de alegria. Que penteia, eu já despenteio minhas mechas, meu cabelo que a luz do sol faz brilhar um ouro sem fim.
E descendo é minha pele cheia de sim que fica e arde a pura insensatez, não engano não, meu mel vem daquela terra de anis, aquela que perde a cabeça e enlouquece pelo chão quente, um vento, minha estranha, sou tua cria Bahia.
Ela é maneira estranha, é de perna de fora que anda, esbanja o cabelo grande na tarde vazia, e dança, dança a tarde toda na sua casa vazia. Ju é jujuba doce, é mineira por que é meiga perdida na luz da lua infinita. Linha ela é perfeita azulinha, cria vestes estranhas e perde a conta das horas de beijo bom.
Juli, quer mel de mais, é de fruta, banana, laranja adora nactarina, que pele bonita, e morde com jeito a maça cheia de vida. Refresca meu colo, bebe abacaxi com hortelã que é para te dar beijo que nasce no dia e perde a vida na manhã do outro dia sem rima.
Ju um cado minas, que guarda a adolescência, a essência mesmo quem diz virá crescer vem dela, minha terra quente que nasce no meu peito, não posso negá-la é minha linda a mais pura e quente Bahia.
Ju não traz mentira, é coisa doida, é minha prima, é perder de vista, ama loucamente e nem sempre se encanta com a mesma cama. A primeira visita, uma palavra ingênua, um troço de vista, aaa sua maravilha...
Não gosta de carne, não come sua bêbada palavra. Ela pinta, escreve, literária de nada, só dos sentidos tão graves que desmontam sua vida assim em papel lindo azul, amarelo, minha cor preferida é o branco, mas junto com verde de mar.
E que melhor mergulho é sem roupa no mar, a sentir seu bobo ficar sem jeito ao lado de menina tão liberta. Minha praia não tem ninguém só você e eu, e lá nado sem nada sinto o mar me beijar e acarinha meu seio nu na água salgada.
O sol é seu e meu, é pura tentação, coração, é calor que me deixa plena sem nenhum empecilho, é a pimenta que não arde, não desprende, que prende junta seu bem no meu mal, meu zen no seu bem.
Ju acordada na manha, não gosta de coca-cola, prefere suco laranja sem nada. Banana com aveia e mel, aquele mel que eu perco na sua boca beijo sem pensar. Ela veste, uma veste pequena, cai no sol, deixa ele me dar as boas vindas, me aquece o corpo, me faz suar me querendo o mar. E sem pudor é que trago meu calor ao corpo frio da água salgada. Brinca na brisa, naquela onda que me atira na areia sem dó. Perco nas horas as mais lindas varias, de encontrar estranha beleza em estar toda molhada com sal grosso a secar, minha pele toda sua praia do dia.
E quando vem caindo o sol me despejo naquela doce, água doce, fria que faz bico do peito em pé ficar. Diz que sensação boa essa, ela desce e atrai um vento da tarde. Que quero só que beije minha boca trêmula de um frio do banho.
E noite quente me traz uma roupa, é um vestido bem fino, uso sem nada, que é bom sentir o vento que vem do mar me acarinhar. E de repente arrepiar meu pêlo dourado, e lá vem amado me apertar contra seu peito, me faz quente ficar, me molha a boca e me faz pensar em esta a sós sem nada para pensar.
Juju...é assim...feliz de ser somente isso ai!!!
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