domingo, janeiro 29, 2012

Perdendo no silêncio do tempo
Nos nãos ditos dentro de si mesmo

Perdendo a circulação de mãos
Que nunca precisaram estar juntas

Perdendo um enlace dos dias
Beijos nas costas

Distâncias criadas são mais findas que as verdadeiras

Não reconhecendo olhares e intentos
O mundo começa a parecer tão vulgar
Tão espinhoso e dispo das intenções

As flores estão fechadas para o inverno em pleno verão
E o sol se retirou para dizer adeus ao calor

Se a lua não aparecer as músicas nunca serão as mesmas
As palavras vão esvaziar os sentidos sem qualquer amor ou dor

De quem falaremos?
Não sei
Nem de quando ou que dia, mês ou ano...

É pena, é desestimulante não entregar o corpo ao incerto
É a perda, recentemente se perdendo no meio das mãos...

Sonhos

Uma coisoa vem me me intrigando nos meus sonhos.

Há algum tempo venho sonhado com situações em que 3 coisas iguais ocorrem. Exemplo, quebro 3 copos, levo 3 socos nas costas.

Não sei qual o significado real disso tudo. Mas, por incrível que pareça quando lembro de meus sonhos, e por semanas elas ficam permeando minha mente com diversas interpretações, algo acontece!

Tive essas impreções no meio do ano passado. Sonhava com a minha vó dormindo, coisas meio macabras, pesadelos, pela tensidade e tons escuros do sonho.

Bem, procurei olhar os significado desses sonhos que não deixavam minha cabeça, e a maioria dizia sobre morte.

Bem, achei que talvez estivesse estressada por conta das provas de fim de semestre da faculdade.

Nessa época, cursava o 7º período, e por coincidência minha turma organizou o 1º churrasco em setembro.

Bem, relembramos, 1º churrasco da turma, no 7º período, em setembro, mês 7.

Sinceramente não me recordo o dia. Tudo bem. Nesse dia, tive um acesso de sei lá o que na casa da anfitriã, loucura pura!

Contam os amigos que no incidente haviam na casa cerca de 14 pessoas.

Tudo bem, depois que fui embora, um amigo "calmo" da nossa sala, pirou também! É, o negócio tava feio!

Ali haviam cerca de 7 pessoas!

Bem, depois de uma semana um dos integrantes da nossa turma morreu num acidente de carro!

Sem dizer que quando eu cheguei na festa ele subiu as escadas comigo! Estranho??


Não sei, desde então, tomo cuidado com os sonhos!




Ás vezes, às avessas, eles nos dizem mais do que possamos imaginar!


Sorte para todos!

sábado, janeiro 28, 2012

Amor de Irmão

Carta postal:


Oi, tudo bem?


Sinceramente, nem sei o que dizer. Essa folha de papel agora parece um mar sem fim.

Paguei minhas contas, deixei tudo em ordem. Quanto tempo não? Quanto silêncio não fez esse esquecimento?


É tão difícil escrever, mas, ainda, é mais difícil falar.

Ontem foi seu aniversário, parabéns!

Desculpe, se não liguei. O telefone esteve ao lado, mas a covardia me desviou.

Medos...medos que acabam se tornando máscaras fortes.

Há mais de 5 anos, 5 longos anos, não nos falamos. A tanto tempo, não sei o que é o significado de um irmão e você também não.

Me pergunto, onde foi que perdi a coragem de encarar meus defeitos, onde fui que esqueci minha dignidade, onde fui que deixei você?

Que Deus me perdoe, que tenha compaixão por mim, pois fui o mais covarde e errado, deixei que meu senso errado de moral, ou sei lá o que, sobrepusse nosso amor de irmão.

Perdão!

Perdão, por ter sido egoísta, mesquinho, metido, idiota!

Perdão irmão!

Não entendi, não fiz esforço algum para enxergá-lo, para recebe-lo!

Por que meu Deus?

Por que?



Os anos vão passando, meus cabelos não tem o mesmo vigor e cor. Não posso mais correr como antes, ou viajar horas para nadar numa praia com água fria. Não entendo mais da música do momento, sequer meus filhos tem tempo para mim. Meus olhos já se cansam facilmente e gosto mais das tardes do que das noites.

A música alta me encomoda e meus passos já não são tão velozes. Meu peito não inspira todo ar necessário, minha fala já se cansa no meio das palavras.

E quando olho para o lado, me faz uma falta, uma falta do seu abraço amigo, do seu aconhego desinteressado, das suas críticas verdadeiras, do seu amor puro de irmão, das nossas brincadeiras, de tocar modas de viola na madrrugada.


Ô irmão, quanto me faz falta! Quanto anseio por tua presença! Pois, tu é meu verdadeiro amigo, aquele que me ama sem condições.

Perdão!

É somente o que peço! Espero que não seja tarde para lhe dizer isso..

Volte!...Volte e fique para sempre comigo companheiro!

Eu te amo meu irmão!

Volte

Tenho um defeito irremediável para escrever: PRECISO DA TRILHA SONORA PERFEITA!

Meu blog tá sem cor!...
Então, vou apelar para uma conversa quase que do avesso, entendem?

-Olá inspiração!

-Onde está você?

-Me encontre agora lá na esquina do Hotel!

-Vamos fazer uma bela crônica ou simples palavras!

-Falar de alguma coisa que tenha vivido ou de qualquer coisa que possa fazer sentido para os fãs imaginários!
- Inspiração! Eu sei...não tenho admiradores! Já tive, ou não tive...

-Triste constatação!

-Inspiração, sabe o que ocorre, estou pretendendo mudar de estilo, em vez de poesia, que rima com im, ima, vida!

-Talvez, escrever que nem Clarice Lispector, reflexão sobre o colchão, nos arredores da sala, no chão, no mar!

-De novo rimando, o que não deveria rimar!

-Inspiração, me despeço, agora, de você! Mas, vem me vistar! Não deixa mudo meu violão, igual a Rita fez com o Chico!


-Eu te imploro, devolva o Neruda que você nunca leu! Nosso amor pode ter acabado, mas não deixe muda as minhas mãos!

-Inspiração!....espero que entenda e volte pra cá!

segunda-feira, janeiro 23, 2012

Ciúmes

A alma eivada de desatinos e precipitações físicas, fere tensamente a carne do próximo.

Por puro altruísmo ou elevação espiritual, se procura a margem da provocação da dor, suor e indignação moral alheia.

Pelo seu pecado, maior que qualquer pecado que seu próximo tenha realizado, a pena é a reclusão moral e física. É também, a reflexão sobre os valores e julgamentos próprios.

A verdade é que teu âmago vem esquecendo, na grosseria do sistema, que não deves julgar o próximo, pois, assim serás julgados também.

A sua sanidade e paciência é mera balela, para baleia ver!

Aspira as consequência gritantes da tua mão latejante, pois, ninguém virás por ti, enquanto destrói os arredores.

Tu é planta com cor vívida, que mais fere e mata. Teu veneno, lembra, mata a ti mesmo!

Engano nosso, achar que a liberdade aos sentimentos mundanos é plena!

Você faz parte de toda imundice humana! Sua humana!



Fim!

sexta-feira, janeiro 06, 2012

Conheça-te a ti mesmo

Ei!
Já viu como é fácil falar de amor?
Pois é, eu mesma me pego dizendo isso em quase todas as coisas que escrevo! E, furtivamente, me furto, todo o direito de escrever em outras situações!
Quais?
Aquelas, terrivéis, em que esteja sofrendo por um amor passageiro, ou um amor incial....
Ou seja, paixões!
Bem, comecei analisar algumas coisas, pra dizer outras coisas diferentes, aliás, percebi, que nao sou tão amor! assim, como todos devem achar que eu sou, ou seja, eu mesma!

O que me comove? São algumas pequenas coisas que poderiam transparecer, não! descrever, é melhor, reflexões extremamente profundas, que fossem provocadas por uma imagem simples, um acontecimento, uma coisa pequena da vida.

Diante disso, não me sai da cabeça, sem os exatos detalhes, que hoje, há alguns anos, já me fazem falta.Pensei, então, deveria ler aquela crônica da Clarice Lispector (desculpem se errei o nome da renomada autora).

Bem, é que não me sai da cabeça, um certo conto, ops!Será crônica? Não importa!Não me sai da cabeça aquela narrativa da Clareci, em que, depois de ver o homem cego no bonde, desceu no Jardim Botânico e ficou por lá, algum tempo, numa profunda indagação de sua própria vida. Com marido e filhos, a sua vontade era de ir dalí embora, sem dizer adeus ou tchau.

Estranho, mas ela voltou para casa.E nesse instante, estranhamente, me confundo muito, se algo quebrou quando ela chegou, ou se foi o vaso que o homem cego quebrou em sua casa no Ensaio sobre a Cegueira de José Saramago.

Sempre expremi essa dúvida como se fosse algo superável, mas de certa forma, não trata de coisa exata, é uma coicindência!
Nas duas narrativas, temos como ponto central a cegueira, a cegueira mais clara que existe!...

Como o mar negro ou branco, sem nada, pode nos revelar tantas coisas?
Talvez, seja preciso deixar de ver para passar a sentir as coisas verdadeiras.E, realmente, ver de verdade!

Em outra hipótese, seja somente a necessidade de olhar para dentro de si mesmo!

Num outro conto literário, Pedro Bial disse que é preciso tomar decisões que exprimam o que somos de verdade, por isso, não se deve fazer escolhas por instinto.

Por acaso do destino!O melhor é fechar os olhos e se conhecer mais.

Afinal, somos as decisões que tomamos!

Espera

Espere um pouco
Espere até que os olhos de mormaço cruzem os seus
A sua esperança é demais grandiosa
Não se pode furtar um olhar
Mas somente esperá-lo

Espere
Que sua boca cheia de cor mel
Deve sorrir a qualquer instante
E assim o sol irá se abrir

Não pretendo mexer nos seus cachos
Pois o vento pode alisá-los de forma singular
Os quais!Meus dedos nunca poderiam tocar...

Espere
somente uma escolha própria
pode fazer o amor acontecer....